Skinamarink - Canção de Ninar

Skinamarink: Canção de Ninar é o novo terror que chegou aos cinemas brasileiros. Dirigido por Kyle Edward Ball, este filme experimental apresenta uma abordagem única que certamente irá gerar debates entre os espectadores.
A trama acompanha uma família comum composta por um pai, uma mãe, um menino chamado Kevin e uma menina chamada Kyleen. O que começou como uma noite rotineira rapidamente se transforma em uma série de eventos perturbadores quando Kevin sofre um acidente nas escadas de sua casa. Apesar de parecer bem, Kevin e Kyleen decidem passar a noite no porão, onde se entretêm com desenhos antigos em preto e branco na televisão e brinquedos analógicos.
Na manhã seguinte, as crianças descobrem que todas as portas e janelas dentro de casa desapareceram e os telefones estão mudos. Para complicar ainda mais, o pai delas também desaparece misteriosamente. Conforme tentam lidar com a situação, começam a perceber ruídos estranhos no andar de cima, alimentando o medo de que algo sobrenatural esteja presente.
Como mencionado, Skinamarink tem o potencial de polarizar opiniões, devido ao seu ritmo lento e à aparente falta de clareza em sua narrativa ao longo de sua extensão de uma hora e quarenta minutos.
Kyle Edward Ball arrisca com sua cinematografia, utilizando enquadramentos que frequentemente obscurecem o que está acontecendo, criando uma sensação de mistério e tensão. A câmera posicionada sempre na altura dos olhos das crianças contribui para a atmosfera opressiva do filme, transmitindo a sensação de que as coisas são maiores e mais assustadoras do que realmente são. O filme se desenrola na penumbra, sem trilha sonora e com poucos diálogos.
Em resumo, Skinamarink: Canção de Ninar apresenta uma premissa interessante, porém sua execução lenta pode ser desafiadora para aqueles que não estão dispostos a investir tempo e paciência em uma narrativa que se desenrola gradualmente.
Escrito por: Elaine Marques Rodrigues Silva